Renato Cohn, diretor financeiro e de relações com investidores do BTG Pactual, disse hoje que “proativamente, o BTG não tem interesse em ativos específicos ou negócios do Master”.
“Se tiver alguma operação, alguma solução, onde existam ativos, podemos analisar para comprar, mas não temos interesse em nenhum ativo específico”, disse ele em entrevista coletiva a jornalistas sobre os resultados do primeiro trimestre.
Conforme já dito em comunicado, disse ele, o banco agirá “sempre de acordo com o objetivo dos reguladores” podendo ajudar no processo de venda.
Na sexta-feira, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) assinou um empréstimo emergencial, chamado tecnicamente de “assistência de liquidez”, de cerca de R$ 4 bilhões com o Banco Master. O volume, pequeno frente ao montante de passivos do banco, deve servir como uma espécie de "empréstimo-ponte" até que uma solução mais definitiva seja alcançada.
Segundo o Valor apurou, com essa linha do FGC o Master ganha tempo para resolver outras pontas da sua equação. Após o Banco Central aprovar a operação do Master com o Banco de Brasília (BRB), o FGC poderia liberar mais recursos para o banco de Daniel Vorcaro.
Enquanto isso, Vorcaro segue negociando a venda de ativos. Ele negocia com BTG e a família Batista, dona da holding J&F, a venda de precatórios que não estão na parte do acordo com o BRB.