Saúde mental desafia gestores: 43% dos millennials são afastados por transtornos psicológicos

Os afastamentos por questões de saúde mental continuam a crescer nas empresas brasileiras — e, em 2024, os millennials aparecem como a geração mais impactada. De acordo com um levantamento da consultoria B2P, especializada na gestão de colaboradores afastados por motivos médicos, os profissionais nascidos entre 1981 e 1994 representaram 43% dos casos de licenças por transtornos emocionais e psicológicos no ano passado.

Na sequência, estão os integrantes da geração Z (nascidos após 1995), com 33% dos afastamentos; seguidos pela geração X (nascidos entre 1960 e 1980, atualmente com 40 a 60 anos), com16%; e pela geração baby boomers (nascidos entre 1940 e 1960, atualmente com 60 a 80 anos), com apenas 3%.

A pesquisa foi realizada com base nos dados de 426 mil funcionários de 14 empresas nacionais, pertencentes a setores variados. No total, foram registrados 8.095 afastamentos, no entanto, a gestão ativa desses casos resultou em uma economia de R$ 118,8 milhões para as companhias atendidas.

Para os administradores e gestores, os números são um sinal claro de que a saúde mental não pode mais ser tratada como uma questão secundária. O impacto direto na produtividade, no clima organizacional e na sustentabilidade dos negócios exige ação coordenada e estratégica.

Segundo a diretora da B2P, Marlene Capel, o cenário evidencia o desequilíbrio entre vida pessoal e profissional, especialmente entre os profissionais mais jovens. Esse descompasso, segundo ela, não afeta apenas os colaboradores, mas ameaça o desempenho das organizações. O momento exige urgência na implementação de medidas voltadas ao bem-estar psíquico nas empresas.

Estratégias eficazes exigem liderança engajada

A diretora da B2P alerta que os administradores de Recursos Humanos e as lideranças estratégicas devem atuar de forma conjunta e proativa na construção de um ambiente de trabalho mais saudável e inclusivo. Mais do que ações pontuais, é necessário compreender o perfil de cada geração e desenhar políticas personalizadas que contemplem suas necessidades e expectativas.

Ela destaca que o RH pode funcionar como um elo entre as gerações, desenvolvendo políticas que respeitem as diferenças e promovam convivência harmônica. Isso inclui desde programas de desenvolvimento profissional ajustados à faixa etária até a flexibilização do modelo de trabalho. A cultura organizacional também deve evoluir: diversidade, inclusão e respeito intergeracional precisam estar na base das decisões corporativas.

Cinco caminhos para prevenir afastamentos por saúde mental

Marlene detalha cinco ações que podem ser adotadas por empresas que desejam avançar na prevenção de afastamentos por transtornos mentais:

  1. Monitoramento contínuo da saúde emocional
    É essencial acompanhar de perto o bem-estar dos colaboradores por meio de pesquisas internas e avaliações psicológicas regulares. Indicadores como clima organizacional, engajamento e feedbacks podem revelar tendências que, se ignoradas, culminam em licenças médicas prolongadas.
  2. Programas de apoio psicológico estruturados
    A disponibilização de atendimento psicológico e treinamentos em gestão emocional contribui para reduzir o estigma em torno da saúde mental. Ao facilitar o acesso ao cuidado, as empresas fortalecem sua rede de apoio interna e ampliam a resiliência dos times.
  3. Ambiente de trabalho adaptado ao bem-estar
    Espaços para descanso, pausas programadas e incentivo ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal são ajustes simples que geram grandes impactos. Criar um ambiente que valorize o autocuidado contribui para a retenção de talentos e a melhora do clima organizacional.
  4. Cultura de feedback constante
    O diálogo aberto entre líderes e liderados, com feedbacks construtivos e regulares, ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade. Além disso, oferece à gestão insights sobre os pontos de tensão que precisam ser resolvidos antes de se tornarem crises.
  5. Uso de inteligência artificial e dados preditivos
    Tecnologias de análise de dados comportamentais e históricos de saúde podem identificar padrões de afastamento e antecipar riscos. A inteligência artificial permite ações preventivas, como intervenções personalizadas e ajustes no modelo de trabalho antes que o colaborador precise se afastar.

A nova prioridade dos administradores

Para os gestores e administradores voltados à performance sustentável das empresas, a lição é clara: investir em saúde mental é investir em resultados. A geração millennial, que atualmente ocupa cargos-chave nas organizações e forma a base das lideranças futuras, precisa de suporte para enfrentar os desafios contemporâneos do mercado de trabalho.

Mais do que um benefício adicional, o cuidado com a saúde emocional deve ser parte integrante da estratégia organizacional. Isso passa por políticas claras, investimentos em tecnologia, capacitação de líderes e, principalmente, pela construção de um ambiente de trabalho em que todas as gerações possam prosperar.

Com os afastamentos em alta e o custo humano e financeiro em jogo, o papel do administrador moderno se amplia. Ele não é apenas o gestor de processos e resultados, mas também o guardião do capital humano — o maior valor de qualquer empresa.

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