Segundo o portal suíço SRF, o conselho de administração da Nestlé foi informado pela primeira vez sobre a suspeita de um relacionamento em maio deste ano, por meio dos canais internos de denúncia da companhia.
Na época, a empresa abriu uma investigação interna conduzida pela consultoria Gemium, que não encontrou evidências de má conduta, e Freixe negou o envolvimento.
Mais tarde, porém, surgiram novos relatórios internos. Diante disso, a Nestlé decidiu ampliar a apuração com o apoio de uma assessoria jurídica externa e independente. Foi somente nessa segunda investigação que o relacionamento foi confirmado, informou um porta-voz da companhia à agência AWP.
A investigação foi conduzida pelo presidente do conselho da Nestlé, Paul Bulcke, e pelo diretor independente Pablo Isla, com o apoio de advogados externos. Segundo Bulcke, a decisão foi difícil, mas necessária.
Segundo comunicado da Nestlé, a conduta viola o Código de Conduta da empresa, que proíbe relacionamentos hierárquicos para evitar conflitos de interesse.
Na Suíça, país onde fica a sede da multinacional, o episódio ganhou ainda mais destaque. Jornais locais chegaram a especular sobre a identidade da funcionária e até sobre uma possível promoção recebida durante o período em que manteve o envolvimento com Freixe.
A saída inesperada do executivo também reacendeu o debate sobre os limites entre vida pessoal e profissional dentro das corporações.
Já a funcionária atuava na área de marketing e, um ano e meio após conhecer Freixe na sede da empresa, em Vevey, teria sido promovida a vice-presidente de marketing para as Américas.
Laurent Freixe foi demitido por manter um relacionamento secreto com uma funcionária.
